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O Legado de Yangchen: Entre Amigos

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O anoitecer deixava as paredes claras e as colunas com cara de espírito do salão de banquetes do Chefe Oyaluk em um tom de azul sombreado, uma cor de gelo profundo e cavernas marinhas. Do outro lado da praça, cortinas de água brilhavam, caindo como bandeiras sedosas, contra uma fonte grandiosa de gelo que não derretia por conta do fluxo e nem congelava ao longo dos cumes. A temperatura em perfeito equilíbrio.

 

Yangchen nunca se sentiu relaxada  ali, em nenhuma das milhares de vezes que visitou. Oyaluk foi o único Chefe da Tribo da Água do Norte de sua época, a capital do Norte foi uma das primeiras paradas ao longo do tour de introdução do novo Avatar ao mundo, e ela se lembrava de sua bondade quando era pequena e se escondia atrás dos mantos da abadessa Dagmola.

 

Mas os anos se passaram. Depois de assumir mais responsabilidades, os propósitos de suas visitas não eram mais uma cortesia. Era mais fácil para os líderes mundiais sorrirem para uma criança que não pedia nada.

 

Ela e o Chefe Oyaluk se sentaram na mesa alta a poucos metros de distância um do outro. De seu lugar de honra, Yangchen conseguia sentir a tensão nos ombros largos de Oyaluk. Ela já havia rejeitado sua tentativa de conversar durante o banquete.  Depois que as mesas forem limpas e nós estivermos sozinhos, eram suas condições. 

 

Até agora, eles olhavam para frente, não havia nada de errado em suas expressões, e assistiam a performance individual do ilustre Mestre de Agna Qel’a. Sifu Akoak era novo para possuir tal título, mas suficientemente impetuoso para arriscar balançar torrentes de água entre seus anciãos que estavam sentados nas laterais da praça, exigindo que ficassem imóveis para que não se molhem. Quando a corrente atingiu Yangchen, ouviu-se um murmúrio de preocupação, mas ela deixou a água brincar em seus ombros e adicionou um rodopio cintilando antes de devolver o líquido ao Mestre. O bom humor de uma Nômade do Ar. 

 

Sifu Akoak pegou seus arcos. Oyaluk se levantou e deu um discurso de agradecimento aos espíritos pelas inúmeras bênçãos. Os membros de seu conselho, que já eram familiarizados com a imagem da Avatar, estavam livres para ir descansar. O Chefe inclinou sua cabeça a sua hóspede de honra, sacudindo sua barba cinza, como se estivesse perguntando: Agora?

 

Yangchen fez um gesto para o restos do banquete. Mesas. Limpas.

 

Oyaluk suspirou. Eles esperaram silenciosamente, enquanto os anciãos do Norte saíam e os funcionários levavam todos os copos e pratos. Os últimos a saírem foram os Garras Finas, a equipe pessoal do Chefe, posicionados nos cantos, envoltos com armaduras de marfim. Lentamente e com relutância, o orgulho exigiu que eles obedecessem às ordens de Oyaluk, para ter privacidade com o Avatar.

 

Com só duas pessoas sobrando na ampla área de refeições, os assentos de pêlo recolhidos e os tambores guardados, a superfície de gelo duro parecia um ringue de competição. Um tempo e um local escolhidos por Yangchen. 

 

— Agora? — Oyaluk perguntou de novo, exasperado.

 

Quase. Ela pediu que o chefe a seguisse ao centro da praça, onde ela começou a andar em círculos, um exercício básico de dobradores do ar, uma palma longe da outra. Uma brisa acompanhou seus movimentos, varrendo as bordas do chão, fazendo o mesmo caminho que a água de Akoak levou sobre as mesas. Enquanto ela andava, o vento acelerou até ele a ultrapassar e virar um ciclone controlado. Se algum detrito tivesse sobrado, ele seria arremessado perigosamente sobre o gelo.

 

Yangchen  parou, já que o vortex se auto-sustentava com um esforço mínimo. Dentro do olho estava calmo, mas os ventos em volta se agitavam rápido o suficiente para formar uma barreira de barulho. Seria impossível alguém escutar a conversa dela e com o chefe.

 

Pak e Pik, que se comportaram durante o jantar, surfavam nas correntes de ar com suas asas estendidas, perseguindo um ao outro em um loop infinito. 

 

— Você sabe que eu tenho quartos seguros. — Oayluk disse.

 

Quartos tinham paredes e paredes escondiam pessoas por detrás delas. Às vezes dentro delas.

 

— Estou sendo mais cuidadosa esses dias. 

 

O chefe balançou sua cabeça.

 

— Eu lembro quando você corria pelo palácio atrás das minhas sobrinhas e sobrinhos, desse jeito. — ele disse, apontando para os lêmures brincando acima deles. — E agora, você é um Avatar astuto como todos os outros. — ele examinou a frente e as costas de suas mãos, como se estivesse procurando por evidências do tempo que passou. — Eu estava torcendo para que quando você ganhasse seus poderes, seria mais justa em seus interesses. Não outro Szeto.

 

Ela sabia que a acusação viria, mas doeu mesmo assim. 

 

— Eu não sou enviesada. Não favoreço nenhuma nação.

 

— Eu sei do seu sucesso em Bin-Er e quanto tempo você fica gastando lá. O Rei da Terra Feishan é inconsistente, instável e tem fome de poder. Ele não é o tipo de pessoa que deveria sentar em um trono. E mesmo assim, parece que você está dedicando a intensificar sua posição. Você está ganhando dinheiro para ele.

 

Culpada. Mas não era só isso. 

 

— Estou catando as facas que você e o Senhor do fogo Gonryu derrubaram. — Yangchen disse. Ou melhor, lançaram. — Para começo de conversa, foram vocês dois que causaram o Acordo de Prata, ou você se esqueceu?

 

As pontas de sua boca caíram. 

 

— Um ato que me arrependo todos os dias.

 

Até onde Yangchen lembrava, o Chefe Oyaluk devia ela mais do que um careta aflita. Ele e o Senhor do Fogo se intrometeram em assuntos fora de suas fronteiras quando apoiaram a tentativa de rebelião do General Nong contra o Rei da Terra Feishan. Eles fizeram isso em sua época, durante o período em que o Avatar era novo demais para ter um impacto nas questões mundiais. Talvez Oyaluk tenha tomado essa decisão quando ele observava a pequena visitante Nômade do Ar brincando com sua família no palácio.

 

Yangchen sabia que Oyaluk era um homem razoável, um líder competente, com a essência decente. Nong provavelmente compartilhava algumas dessas características e teria sido um ótimo Rei da Terra, o fundador de uma nova linha dinástica de paz. Mas quem lhe daria essa certeza? O corpo de Nong jazia pisoteado na poeira da Travessia Llama-paca, o local de sua derrota em combate, nas mãos do Instável e Inconsistente Rei da Terra Feishan.

 

Quando veio à tona as evidências de que Nong tinha o suporte oficial por sua revolta fracassada, as relações entre o Reino da Terra, a Nação do Fogo e a Tribo da Água congelaram como o coração de um iceberg. Eles nunca se recuperariam, nem mesmo com um esforço continental.

 

— Trocar Feishan por Nong parecia ser uma ideia genial na época. —  pelo menos o chefe parecia arrependido de seu erro. — Me atrevo a dizer que foi uma jogada nas regras de seu antecessor. O Avatar Szeto manipulou a derrota de oficiais corruptos e a promoção de melhores substitutos, como deveria ser.

 

Seguindo os passos de Salai. O Rei da Terra não era um coletor de impostos regionais e nenhum deles era o Avatar Szeto.

 

— É completamente possível iludir a si mesmo, sabe. Isso já aconteceu comigo nas minhas existências. — Oyaluk não sabia de seu “dom” com todos os detalhes, mas ele sabia que ela havia estudado os registros escritos de Avatares passados. Ambos eram bem versados nas histórias de enganos e falhas pessoais ligados a suas funções.

 

— Nem foi minha ideia, para começo de conversa. — ele confessou. Ela percebeu que ele precisava desse momento de sinceridade com alguém que entendia o peso que ele suportava, de líder para líder. Nenhum dos dois daria essas confissões ou justificativas em público. — Meus conselheiros experientes me informaram, em um jogo de Pai Sho, que o Senhor do Fogo Gonryu estava tentado a direcionar sua influência a Nong e me convenceu a fazer o mesmo. Eles acreditavam que se agissem em consonância garantiriam o sucesso do plano. Meus representantes negociaram o acordo com Gonryu por trás das cortinas.

 

— Um jogo… um jogo de… — Yangchen colocou uma tampa sobre a fúria que fervia dentro de si até que se reduziu a um pequeno grunhido que não ofenderia ninguém. — Hmm.

 

A história de Oyaluk era impressionantemente similar à história que o Senhor do Fogo contou a ela, também em segredo. O que significava que nenhum dos chefes de estado havia planejado derrubar o Rei da Terra. A estupidez foi cozinhada por homens e mulheres sem nome com contatos que se estendiam pelas fronteiras das Quatro Nações. Personagens de segundo plano que pensaram que estratégias ambiciosas poderiam ser reduzidas a posições de título e números, e provavelmente nunca enfrentaram a responsabilidade de seus erros.

 

Nenhuma das vidas que Yangchen viveu poderia ajudá-la a expressar a enorme frustração que contorcia seu estômago. As origens do Acordo de Platina possuíam as digitais da Lótus Branca por toda parte. Era por esse motivo que ela não confiava na organização. Marionetistas que bagunçam as cordas não merecem aplausos por uma performance digna.

 

O que foi feito está feito. Ela tinha que seguir adiante com o motivo de ter visitado a Tribo da Água do Norte, não importava a quantidade de tabuleiros de Pai Sho ela queria quebrar no joelho.

 

— Existe um jeito de você reparar seus erros. — Ela disse a Oyaluk. — Na próxima assembleia, em Taku.

 

Pelos termos estabelecidos em seus estatutos, os zongdus de cada cidade comercial se encontravam todo ano para discutir negócios. Yangchen iria representar o Zondgu Henshe de Bin-Er na sua… ausência evidente. Mas, acima de tudo, o Rei da Terra, o Chefe da Tribo da Água e o Senhor do Fogo chegariam no final da conferência semanal para carimbar seus selos oficiais de renovação. Desde que Yangchen amadureceu, tais convocações eram a única chance de diplomacia cara-a-cara entre os líderes das Quatro Nações. 

 

— Essas conferências são meras formalidades. — Oyaluk disse. — Da última vez, Feishan mal conseguiu ficar no mesmo cômodo que eu. Depois de completar sua parte dos contratos, eles derrubou os tinteiros para manchar minhas botas.

 

— Isso acontecia antes. Como você disse, eles estão se beneficiando do meu  bom trabalho esses dias. Ele está mais rico. Mais feliz. Agora é a melhor hora para uma abertura. Aproxime-se dele em Taku e mostre sinais de boa-fé. 

 

— Terminar o Acordo de Platina, você que dizer. — Oyaluk disse delicadamente, como se estivesse lembrando um sonho perdido. — Voltar o mundo ao normal.

 

Yangchen assentiu. Restaurar as relações abertas entre o Reino da Terra, A Tribo da Água e a Nação do Fogo eliminaria a necessidade de shangs, zongdus  e as inúmeras injustiças que acompanhavam seu despertar.

 

Ela percebeu que o sistema shang era apenas um sintoma estrutural de doença, uma casca no machucado que dividia uma nação da outra. Se precisasse, Yangchen costuraria a carne exsudada de volta com suas próprias mãos.

 

— Não precisamos deixar nossos erros passarem. — Ela disse. — Não precisamos aceitar as doenças do mundo somente porque elas duram. Me dê seu apoio e juntos faremos as Quatro Nações não temerem e odiarem uma à outra. 

 

A tarefa era grande e monumental, mas, se Yangchen fosse bem-sucedida, a fonte do sofrimento profundo e duradouro desapareceria do mundo. Poderia ir para os livros de história como uma Avatar adequada, ela pensou. Poderia encarar minhas encarnações sem vergonha.

 

O gotejar de água ficou mais alto durante a longa pausa que prosseguiu. Oyaluk fez um pequeno movimento com seus dedos, pedindo uma renovação dos ventos que mantiam a conversa em segredo. Depois que Yangchen acatou, ele endireitou as costas. A postura que uma decisão efetuada.

 

— Não vai funcionar. — ele disse. — Você nunca fará Feishan engolir seu orgulho. E ele não está mais feliz. Se ele diz estar quando o encontra, ele está mentindo. O Rei da Terra quer retaliação, não paz.

 

Yangchen se perguntou qual era o orgulho que estava ferido. 

 

— Você está falando sem fundamentos.

 

Oyaluk discutiu com si mesmo por um momento, como se estivesse decidindo o quanto revelaria à ela. 

 

— Meus conselheiros me dizem que, nas últimas semanas, Feishan estava extremamente agitado por conta de uma nova informação que ele adquiriu. Por algum motivo, ele acredita que o Senhor do Fogo e eu somos responsáveis pela destruição de Bin-Er. Como se tivéssemos utilizado algum tipo de arma contra ele.

 


 

No futuro, Yangchen pensaria nesse momento como sua melhor atuação. Ela só teve um instante para lutar contra os batimentos de seu coração e manter sua expressão facial. Os lábios franzidos da forma certa, sem piscar muito, voz, pausa. A rapidez de sua resposta era tão importante quanto a intensidade.

 

— Hah. — Ninguém saberia o trabalho desse riso. — Não sei como você conseguiu irritar os espíritos da cidade com um oceano no caminho.

 

Parte do problema era lembrar suas mentiras. Eventos inventados eram como uma visão forçada, ao contrário das que a prendiam em seus sonhos. 

 

— A negligência do Rei da Terra sob Bin-Er fez com que os fogos no céu se desenvolvessem. Eles pararam desde que eu assumi. — Quanto mais ela repetisse a história falsa, mais profundas seriam suas raízes. Ela torcia.

 

— Não importa se Feishan está certo ou errado sobre o motivo, — Oyaluk disse. — O que importa é que ele está movendo suas tropas e, supostamente, resmungando sobre vingança enquanto percorre os corredores de seu palácio. Meus Garras Finas confirmaram. Ele pode até esconder suas intenções na frente de uma Nômade do Ar de dezessete anos que acredita no melhor das pessoas, mas ele não consegue esconder de mil homens marchando rua abaixo. 

 

Yangchen queria gritar alto, o suficiente para dispersar o redemoinho. A explicação simples para o aumento da agressão de Feishan era que alguém revelou a verdade sobre a Unanimidade para ele.

 

O Lótus Branco sabia sobre a existência dos Dobradores de Fogo. Provavelmente, alguém havia traído sua patente. A sociedade secreta não deveria favorecer nenhuma nação, mas era composta por seres humanos com passados, lealdades e vínculos próprios. Talvez o segredo tenha sido vendido por dinheiro. Até onde ela sabia, a organização não pagava nada a seus membros. 

 

O pior de tudo, ela era a razão da Lótus Branca ter uma visão completa da Unanimidade. Ela estava feliz por ter mantido o destino dos Dobradores de Fogo escondido deles. Nunca deveria ter pedido a ajuda de Mama Ayunerak no Porto Tuugaq. Não deveria ter pedido a ajuda de ninguém.

 

— Preciso responder — Oyaluk disse. — Preciso mobilizar minhas tropas. Se as hostilidades romperem, a vantagem será do lado que atacar primeiro e a Tribo da Água precisa estar pronta.

 

— Pronta para que? Para que seu chefe mergulhe eles em um conflito sem sentido?

 

— Não somos Nômades do Ar, Avatar! — Oyaluk se irritou. — Caso tenha se esquecido, nós não conseguimos voar para longe no primeiro sinal de problemas, com nossas nobrezas intacta! O resto de nós precisa sobreviver aqui no chão!

 

Ele sacudiu seu queixo de um lado para o outro e baixou sua voz de novo.

 

— Eu preciso ganhar o máximo de tempo para meus generais, participar da convocação com um sorriso, e não alertar Feishan. Nunca é agradável sentar-se com seus inimigos sob falsos pretextos.

 

Ela conhecia a sensação muito bem. As palavras de Yangchen saíram como se ela estivesse lutando contra a lama.

 

— Você está se empenhando a favor de uma guerra que não deseja… baseado em informações que sabe que são falsas… enquanto age como se nada estivesse nada demais está acontecendo esse tempo todo. — Sua lentidão não era por incredulidade. Ela só havia visto os mesmos eventos acontecerem diversas vezes. 

 

— É racional usar um plano de ação. Eu sei que o Senhor do Fogo Gonryu deve ter rejeitado sua proposta também. Não porque estamos nos comunicando secretamente, mas porque ele pensa da mesma forma que eu.

 

— Medrosamente.

 

— Realisticamente. Eu queria que as circunstâncias fossem diferentes, Avatar. Mas elas não são.

 

Por respeito, ele esperou ela terminar a discussão. Os ventos diminuíram sem seu esforço contínuo e eles dois se tornaram parte do mundo de novo. Yangchen chegou na mesa de Oyaluk oferecendo apenas o caminho para um futuro melhor. Que presente fraco que ela trouxe a seu anfitrião.

 

Ela estava cansada e vazia, de uma forma que ela raramente sentia, desde sua luta com o General Old Iron. Deu tanto trabalho levantar um centímetro do feixe. Uma brisa tão ligeira para que ela colapsasse.

 

— Eu adoraria um pouco de privacidade, pelo resto de minha estadia, — ela disse, sua voz rouca e frustrada. — Obrigada por me hospedar. E por… me ouvir.

 

— Claro Avatar. — Ele parecia genuinamente arrependido. Foi só o que conseguiu extrair dele. — Você sempre será bem-vinda em meu salão.

 

Sua saída foi anunciada pelo cintilar da água, os fluxos subitamente altos e penetrantes. Quando ela estava na metade do salão, o chefe limpou sua garganta. Ela se virou.

 

A distância obscurecia a feição de Oyaluk. Seu formato contra o céu noturno se deformava com estrelas atrás de si, deixando um espaço de cabeça e ombros. Ele parecia solitário. Terrivelmente solitário. Ela sabia que ele tinha a mesma visão dela.

 

— Meu primo, Akuudan. — O chefe disse. — Ele está bem?

 

— Está. — Akuudan foi um dos contramestres que vigiava os recursos que o Chefe da Tribo da Água e o Senhor do fogo mandaram para o General Nong. Depois que ele foi capturado pelo exército do Rei da Terra na batalha decisiva, Yangchen o libertou, não Oyaluk.

 

— Ele sabe que não posso me envolver, — Oyaluk disse. — Se a nossa relação fosse descoberta, ele seria um refém muito valioso. Ele viraria uma vantagem. Ele sabe disso, não é?

 

Por trás da pergunta, ele queria saber se Akuudan o perdoava por fazer escolhas como um governante ao invés de um membro da família. Yangchen não poderia responder por seu amigo.

 

— Você seguiu o caminho racional, — ela disse. Ela se virou e foi embora. 

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Capítulo 3