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A Aurora de Yangchen: Teatro

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— Ahh, não se preocupe com isso. — Boma disse enquanto Yangchen cuidava de seu ferimento com água fresca. — Lesões acima do pescoço sempre sangram pior do que realmente são.

 

 — A culpa é minha. — Yangchen disse. — Se eu não tivesse demitido o Capitão Gai, a segurança teria sido melhor. Ela terminou de curá-lo e jogou a água tingida de rosa para o lado. Manchou a neve no gramado, um ponto de tinta diluído em uma folha de branco. O ataque havia garantido que eles chegariam atrasados.

 

A reunião de hoje aconteceria no salão de reuniões de Bin-Er, um complexo desconectado composto por um tribunal de magistrados, uma ala de assembleia e um pequeno quartel. Foi-lhe dito que apenas o tribunal tinha qualquer uso regular. Os conselhos municipais eram coisa do passado, e os Shangs não eram autorizados a manter uma força de combate devido aos mesmos termos que lhes deram suas posições.

 

Ela deixou Nujian no portão e atravessou o gramado, Boma a seguindo. Onde a neve teria umedecido as bainhas de suas vestes, ela empurrava-a para longe, alargando o caminho entre as margens ao seu redor enquanto ela caminhava. Eles entraram na ala de assembleias, um local com muitas correntes de ar, construído em negação otimista do clima dominante.

 

Dentro da grande sala havia arcos de bancos, e muito poucos deles estavam ocupados. Essa não era uma reunião das massas. Os Shangs eram um pequeno grupo de mercadores de todo o Reino da Terra, Nação do Fogo e Tribo da Água que haviam feito residência em Bin-Er como parte dos acordos que concediam permissão exclusiva para movimentar mercadorias internacionalmente.

 

Sidao, parado na porta, deu um suspiro de alívio quando ela entrou. Ele girou o distintivo de joias em volta do pescoço que marcava seu posto e anunciou-a enquanto Boma lhe tirava a capa.

 

 — Apresentando Avatar Yangchen do Templo do Ar do Oeste, mestre dos elementos e ponte entre humanos e espíritos. — Sidao disse.

 

Os Shangs se levantaram lentamente dos amontoados de peles e lãs finas que os mantinham aquecidos. Alguns deles sequer levantaram. O movimento desarticulado e a relutância em remover seus capuzes poderia ter sido uma reação natural ao atraso de Yangchen. Também poderia ser intencional.

 

Boma tolerava muitas coisas, mas nunca desrespeito de suas responsabilidades por parte daqueles que deveriam ser mais sábios.
— Nas Quatro Nações, você se levanta na presença do Avatar! — Ele rosnou.

 

O guardião dela ocupava um papel estranho e indefinido em sua comitiva, e Yangchen nunca se deu ao trabalho de formalizá-lo para os outros. Ele era Boma, apenas Boma, e sua presença ao seu lado não deveria ser questionada. Ele não parecia nem minimamente um dignitário, não com seu rosto envelhecido e maneira simples de falar, e às vezes nobres se irritavam com sua presença. Ele não tinha nada contra irritá-los de volta.

 

Os Shangs retardatários terminaram suas reverências e enfrentaram Boma em uma competição de olhares. Ela colocou a mão no braço do amigo. Sua missão não começou muito bem.

 

 — Desculpas, Avatar Yangchen. — Disse um homem no centro da sala. — O frio deixa todos nós um pouco mais lentos. Eu sou Henshe, Zongdu de Bin-Er. Fomos abençoados por sua visita.

 

Henshe era um homem profundamente bonito em seus vinte e poucos anos. A pessoa mais nova desde sempre a assumir aquela posição, se a pesquisa de Yangchen estivesse correta.

 

 — Obrigada, Mestre Henshe. Você tem uma… linda cidade. — Ela devolveu a reverência. A primeira parte do elogio escapou por reflexo e a última por obrigação.

 

Ele apontou para uma cadeira grande e elevada que havia sido reservada para ela.

 

— Você não tem seus famosos lêmures com você? Uma pena, me disseram que eles são adoráveis.

 

Eles eram. Mas às vezes era difícil ser levada a sério com Pik e Pak perseguindo um ao outro em torno de seus ombros. Ela se sentou e se perguntou se o assento era intencionalmente muito grande, com um fundo escorregadio que ameaçava jogá-la no chão caso inclinasse para trás.

 

O chá foi servido para todos. Yangchen notou que as xícaras tinham detalhes em prata, o metal rodopiava na porcelana com um artesanato escandalosamente caro. Uma única peça do conjunto poderia valer dez vezes mais dinheiro do que ela despejou nas mãos de Kavik na noite passada.

 

— Eu entendo que esta é sua primeira visita a um território shang. — Henshe disse. — Se eu pudesse dar-lhe uma visão geral do nosso maravilhoso sistema e como foi formado?

 

Ela já sabia como surgiu a versão atual de Bin-Er. E Taku, e Jonduri, mais perto da Nação do Fogo, e o Porto Tuugaq, perto da Tribo da Água do Sul. O sistema não era antigo, e não havia muita história para aprender. Ela estava prestes a dizer isso, mas Sidao, que havia assumido uma posição ao lado do zongdu, olhou para o teto e abriu as narinas, como se a recusa a meio caminho de sua boca estivesse exalando um cheiro.

 

Certo… se ela não seguisse o protocolo e ouvisse agora, alguém iria acusá-la de ignorância mais tarde. Ela tentou alcançar os encostos dos braços da cadeira, mas os percebeu muito longe, então acomodou suas mãos cruzadas no colo.

 

Henshe limpou a garganta.

 

 — Quando eu era apenas um menino que vivia aos arredores do Anel Médio, sonhei com um lugar onde a oportunidade pudesse ser colhida por qualquer pessoa com a vontade de semear. À medida que envelhecia, muitas vezes passava meus dias nos portões de abastecimento, observando as carroças cheias de mercadorias fluindo, para dentro e para fora, dentro e fora, como sangue vital através de um coração pulsante…

 

Yangchen lutou contra seu gemido um pouco forte demais e acabou fazendo um barulho tenso como se ela estivesse dominando uma pedra grande demais para ela levantar. Henshe não percebeu e continuou normalmente. Seu resumo da situação, uma vez que o brilho de sua própria história de vida foi apagado, foi geralmente preciso. A dura verdade era que Bin-Er e as cidades shang deviam seu status privilegiado ao pior erro da política internacional em gerações. O Acordo Platina.

 

Nos longos anuários do Reino da Terra, governantes iam e vinham. Assim como vários líderes militares, ministros e familiares que tentaram depô-los. A passagem incessante do tempo fez o exercício de determinar quem controlaria a maior das Quatro Nações parecer seco. A ocasional briga que surgia de vez em quando.

 

Viver em meio a esse conflito não era tão acadêmico. Há oito anos, o mundo assistiu com a respiração suspensa como as forças leais do Rei da Terra Feishan e as legiões rebeldes do general Nong dançaram em volta uma da outra, evitando uma batalha campal. Nenhum dos lados queria jogar fora suas chances de sucesso em um único momento.

 

O Senhor do Fogo e o Chefe da Tribo da Água perderam a paciência e conspiraram em segredo para apoiar Nong. Enquanto mantinham a pretensão de amizade para ambos os lados, eles emprestaram fundos ao Rei da Terra na forma de notas de papel e enviaram lingotes de platina para Nong, superiores ao ouro em pureza e portabilidade.

 

A ideia era influenciar a guerra a favor do general renegado fornecendo-lhe dinheiro mais valioso. Dadas apenas promessas escritas, os soldados leais do outro lado perderiam a confiança no poder de seu rei e sua capacidade de pagá-los e, eventualmente, se recusariam a lutar.

 

O que ninguém esperava era a ousadia oculta do Rei da Terra e surpreendente perspicácia no campo de batalha. Ele encontrou o momento que estava esperando há muito tempo, encontrou o general Nong na Travessia Llamapaca e eliminou o seu inimigo da face da Terra.

 

O Rei da Terra sabia o que seus colegas chefes de estado haviam feito. Em retribuição, ele fechou os portos de sua nação, cortou a comunicação diplomática, e expulsou embaixadores de sua terra. E ele manteve a platina capturada, derretendo-a e usando-a para revestir a estátua gigante de texugo-toupeira atrás de seu trono. As relações voltariam ao normal quando toda a superfície da estátua voltasse ao normal, totalmente em pedra, ele declarou. O que queria dizer pelo menos um século ou mais.

 

As Tribos da Água e a Nação do Fogo contra-atacaram anunciando semelhantes estados de isolamento e por um tempo houve silêncio, pânico silencioso por trás de portas fechadas. Três das quatro nações estavam agora cegas para as ações umas das outras, e isso as tornou paranoicas. Pouquíssimas pessoas além dos Nômades do Ar podiam viajar como faziam antes.

 

Mas apesar do clima de hostilidade política, o Rei da Terra Feishan e sua corte ainda gostavam de pimenta da Nação do Fogo e óleo de lamparina da Tribo da Água. Ainda havia dinheiro a ser ganho exportando a fina seda de Omashu. Então, em um acordo para salvar a própria pele entre Rei, Chefe e Senhor, algumas cidades foram escolhidas para lidar com doses controladas de comércio internacional sob a estrita competência de famílias nobres e comerciantes selecionadas. Essas pessoas ficaram conhecidas como Shangs.

 

— Cada cidade shang tem um oficial eleito chamado zongdu que é responsável pela resolução de problemas e cobrança de receitas aduaneiras em nome de nossas respectivas nações. — disse Henshe, assim que terminou de explicar o estado das relações mundiais. — Um zongdu serve por alguns anos no máximo, antes de sairmos e sermos substituídos por outro.

 

 — De certa forma, eles são Avatares. — Sidao disse.

 

 — Eles são o quê agora?! — Yangchen voltou a estar atenta.

 

 — Um zongdu é como um Avatar moderno. — Sidao continuou. — Eles servem aos outros em seu tempo, em um ciclo que se repete infinitamente. Eles detêm uma das poucas posições importantes conhecidas neste mundo por meios que não a linhagem. Eles negociam entre partes internacionais e não precisam nascer no país em que trabalham. O Zongdu Dooshim foi o antepassado de Henshe, como o Avatar Szeto foi o seu.

 

Analogia inteligente. E outro desrespeito a ela e suas vidas passadas. Yangchen levantou a palma da mão para reprimir a fúria que ela sabia que corria por Boma e olhou para o próprio zongdu. Henshe agarrou suas notas e deu-lhe um balançar de cabeça com os olhos arregalados. Eu não falei pra ele dizer isso.

 

 — As cidades shang são estáveis, equilibradas e autossuficientes. — Sidao continuou, tão orgulhoso como se ele mesmo as tivesse inventado. — Avatar Szeto certamente teria aprovado nosso grande sistema.

 

Um Avatar inusitado, Szeto também conseguiu ocupar o cargo de Grande Conselheiro do Senhor do Fogo durante sua era. Muitas pessoas não tinham vergonha de contar a Yangchen, a jovem Nômade do Ar, o que seu venerável predecessor teria pensado, teria feito. Ela esperou que os outros falassem algo depois de Sidao, mas ninguém o fez. Eles estavam mantendo as coisas simples para ela.

 

Bom. Uma abertura.

 

 — Obrigada pelo vislumbre esclarecedor na história recente. — Yangchen disse. — Bin-Er e suas cidades irmãs são uma maravilha da humanidade. Um testemunho das grandes façanhas que podem ser realizadas quando os poderes das Quatro Nações estão alinhados em um único propósito.

 

Alguns acenos dos Shangs. Todos gostavam de elogios.

 

— Mas nenhum sistema é perfeito. — Disse ela.

 

A cabeça de Sidao virou tão bruscamente que sua barba gerou uma brisa própria.

 

 — Uma montanha é muito mais do que seu pico. — Falou Yangchen. — Não podemos declarar prosperidade verdadeira ao olhar apenas um punhado de contas. Nenhuma torre pode estar sobre um lamaçal de sofrimento.

 

O que ela está fazendo? Yangchen estava acostumada com essa pergunta surgindo em sua presença, geralmente em silêncio, às vezes em voz alta. Olhares dispararam pela sala como saraivadas de flechas em uma batalha acalorada.

 

 — Há muita miséria que passa despercebida nesta cidade. — Ela disse. — Eu pediria às pessoas aqui, as quais tanto se beneficiaram com os arranjos feitos na sequência do Acordo Platina, para que ouvissem o espírito de generosidade que eu sei que vive em cada um de seus corações.

 

Henshe limpou a garganta.

 

 — Você está pedindo esmolas aos meus senhores, Avatar?

 

Ela ficou feliz com a pergunta direta; isso significava que poderia parar de florear sua linguagem.

 

 — Não. Peço que me ajudem a criar um lugar onde esmolas não sejam necessárias.

 

Uma floresta de carrancas brotou. Ela tinha um exemplo preparado graças a Kavik, que já estava provando seu valor como informante.

 

 — Houve um tumulto na praça ontem à noite, não houve? — Yangchen perguntou.

 

A careta de Henshe o entregou. Varrer o incidente para debaixo do tapete teria caído sobre ele.

 

 — Houve um incidente, sim, mas foi rapidamente resolvido.

 

Você quer dizer escondido de mim. Com base na descrição de Kavik, Yangchen avistou um velho vestido com uma mistura estratégica de cores suaves sentado no meio do grupo. Essa era a coisa engraçada sobre os Shangs. Ao contrário de alguns nobres e ministros alegres que a apressavam durante as reuniões, com a intenção de gravar seus nomes em sua memória, a maioria desses comerciantes preferia continuar fazendo parte de uma massa indistinguível.

 

Bem, não mais. Eles seriam nomeados.

 

 — Foi você, Mestre Teiin, que desvalorizou seus trabalhadores a ponto de iniciarem um motim, não foi? — Disse Yangchen, apontando bem para o homem. — Parece que você cancelou um projeto de construção por vontade própria antes de ser concluído e, em seguida, decidiu que não precisava pagar por nenhum trabalho realizado.

 

Um murmúrio percorreu a sala. Não sobre a prática brutal de Teiin, mas pelo fato de que o Avatar sabia disso. Teiin se mexeu em seu assento e respondeu ela com um assobio aguado que ela mal conseguiu ouvir.

 

 — Ontem à noite fui assaltado por rufiões violentos que eu não reconheci. Quanto aos meus negócios, eles são inteiramente meus e de mais ninguém.

 

Você precisa de pelo menos dois lados para um acordo, Mestre.

 

 — Meu ponto é, nós podemos facilitar os problemas de Bin-Er tratando seus ocupantes com respeito antes que eles fiquem tão desesperados quanto na noite passada. — Disse Yangchen. — Isso significa pagar-lhes de forma justa, em vez de abusar de sua falta de opções devido às restrições impostas a eles pelo Acordo Platina.

 

Ela torceu o nariz.

 

 — E apesar do que eu disse antes, mais esmolas são sempre boas. A situação é terrível o suficiente para que os pedintes estejam se esgueirando da cidade sem autorização e buscando refúgio no Templo do Ar do Norte. O abade Sonam está de mãos cheias tentando cuidar deles. Existe uma sequência direta de eventos entre desejos excessivos no presente e dor generalizada no futuro. — Ela estava tentando tanto não usar a palavra ganância para evitar ofender seu público. Por quê? ela imaginou. Por que era obrigação dela dançar?

 

 — Avatar, — Sidao suplicou. — Não existem tais formalidades em vigor para o que você está pedindo.

 

 — Então podemos redigi-las. — Disse Yangchen. — Estou disposta a segurar o pincel. Meus amigos, todos os dias a chance de fazer das Quatro Nações um lugar melhor nos faz uma visita. Todos os dias, faça chuva, faça sol ou neve, a oportunidade vem chamando. Não rejeitemos um convidado tão importante.

 

Ela fez uma pausa e engoliu. Foi um bom discurso. Ela achou que foi um bom discurso. Talvez não digno de Szeto, mas o suficiente para deixar seu ponto de vista claro. Não foi?

 

Ela não ia obter uma resposta de seu público. Os Shangs foram tão insensíveis quanto cadáveres. Ela tentou preencher o vazio.

 

 — Eu tenho planos, baseados em políticas bem-sucedidas dos arquivos de Omashu, que eu ficaria mais do que feliz em compartilhar. O custo não seria oneroso para nenhum de vocês, no mínimo…

 

 — Avatar. — A mulher que a interrompeu estava envolta em pérolas de ombro a ombro. — Há um espírito na sala conosco?

 

Yangchen piscou.

 

 — Eu não entendo a pergunta, senhora…

 

 — Noehi. — O nome foi entregue com um sorriso rápido e treinado, olhos incluídos no aperto. — Muitos de nós já ouvimos falar de sua grande destreza em assuntos espirituais. Como você reprimiu as aflições do clã Saowon na Nação do Fogo. As vidas que você salvou em Tienhaishi do grande espírito. — Ela inclinou a cabeça. — Embora eu tenha ouvido de alguns que era na verdade um tufão que nivelou a cidade.

 

Yangchen permaneceu quieta, como costumava fazer quando se tratava de sua batalha com Ferro Velho.

 

Noehi percebeu e sorriu.

 

 — Perguntei porque, bem, a menos que estejamos sendo assombrados agora por uma presença brilhante exigindo a prata de nossas bolsas, não vejo o mérito de suas exigências. — Disse ela. — Bin-Er é uma cidade de razão e comércio. Não somos caipiras supersticiosos que confiam em oráculos como a corte de Tienhaishi, nem somos mesquinhos senhores da Nação do Fogo encolhidos em nossos castelos, rezando por melhores colheitas.

 

Esta obviamente não foi a primeira vez que a mulher fez uma recusa gentil em uma situação social delicada. Pobre querida, melhor ser direta.

 

 — O fato é que você não tem o direito de nos dizer o que fazer.

 

Abrir a boca para retrucar só faria Yangchen parecer tola. Porque não havia nada que ela pudesse dizer em resposta. Ela pensou que viria para Bin-Er armada com a verdade. Mas seus oponentes também tinham a mesma arma. E mais afiada.
Noehi dirigiu a ponta da lança para casa.

 

 — Você não tem nenhum poder aqui, Avatar. — Ela disse. — Você simplesmente não tem.

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  1. pedra disse:

    Num deixava

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Capítulo 10