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A Aurora de Yangchen: Seguindo Adiante

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— E então? — disse Kalyan. — Você não vai dizer nada?

 

  Kavik gritou e se lançou contra seu irmão. Kalyaan passou a ser a única pessoa que poderia derrotá-lo em uma luta todas as vezes. Então, quando ele conseguiu enfrentar Kalyaan no tapete e começou a acertar os socos, uma parte dele sabia que isso era um presente de desculpas. Kalyaan estava deixando isso acontecer.

 

  Isso significava que ele tinha que agir com precisão.

 

— Você… — ele disse, tentando contornar os antebraços de Kalyaan. Isso tudo enquanto seu irmão estava rindo de tudo. Rindo! — VOCÊ!

 

Não houve fim para o insulto, porque neste momento Kavik realmente quem Kalyaan havia se tornado. Alguém que ele não via há anos. Alguém que se afastou de sua família. Ele conseguiu agarrar o cabelo de Kalyaan e dar uma pancada na parte de trás de sua cabeça contra o chão.

 

  — Ai! Tudo bem, isso é o suficiente! — Em um flash, Kalyaan estava atrás dele, serpenteando um braço ao redor de seu pescoço e puxando-o para trás. Kalyan apertou com mais força até que a saliva de Kavik chacoalhou em sua garganta e ele bateu nos cotovelos de seu irmão mais velho, um pedido de misericórdia.

 

  Kalyaan arrastou Kavik até seus pés. Apenas uma vez que ambos estavam de pé ele soltou o agarrão. Kavik engasgou quando sua traqueia voltou ao normal. Ele deu uma volta ao redor do local para recuperar o fôlego, as mãos nos rins como um ancião curvado para sua caminhada matinal.

 

  Kalyaan esperou pacientemente, descansando contra uma estante. O irmão de Kavik não havia perdido a magreza em seu rosto que estragava a chance de uma forte semelhança de família. Seu cabelo tinha crescido, e ele parecia ter desistido de mantê-lo amarrado. Eles tinham aproximadamente a mesma altura quando se viram pela última vez, mas Kavik ficou chocado com o fato de qualquer maneira.

 

  — Então — disse Kalyaan. — Como estão mamãe e papai?

 

  — Você não pode perguntar isso! — Kavik rosnou.  — Você não pode perguntar isso quando você poderia ter nos visitado! Escrito para nós! Dado notícias de que você estava vivo!

 

  — Kavik, eu não poderia ter feito absolutamente nenhuma dessas coisas. — Kalyaan acenou com os braços para dizer olhe em volta. Sim, eles estavam em Jonduri. Esse era o problema.

 

— Você esteve aqui o tempo todo, — Kavik murmurou. — Trabalhando para Zongdu Chaisee. — Kalyaan parecia envergonhado. — Tecnicamente, estou trabalhando para Zongdu Henshe.

 


 

Kalyaan explicou que no início de sua carreira de mensageiro, ele se associou a jovens ambiciosos e com ideias semelhantes no Bairro Internacional. Foi uma boa maneira de conhecer potenciais compradores. Ele se tornou amigo de um administrador de baixo escalão chamado Henshe, que tinha um apetite por riscos tão grande quanto o dele. Logo, eles começaram a trabalhar juntos, garantindo pequenas vantagens e trocando-as por outras maiores. Os dois eram uma equipe de sucesso. Com a ajuda de Kalyaan, Henshe colocou seu nome nas fileiras da liderança de Bin-Er e conseguiu garantir mais recursos para planos mais ambiciosos.

 

 — A ideia era que eu seria ainda mais valioso do outro lado de uma rota comercial — disse Kalyaan. — Uma planta profunda de outra organização Zongdu? Vale uma fortuna. Jonduri era a maior oportunidade. Eu cheguei aqui, entrei na associação de Chaisee e comecei a passar informações sobre Henshe. Acho que funcionou melhor do que o esperado.

 

 — Melhor?! —  veio a resposta estrangulada de Kavik. Era como se Kalyaan ainda estivesse o sufocando.

 

 Kalyaan fez o gesto de olhe ao seu redor novamente.

 

 — Eu subi mais rápido e mais alto na hierarquia de Chaisee do que poderíamos ter sonhado. Eu cuido dos projetos aos quais ela não quer que seu nome seja vinculado, o que significa que tenho uma palavra a dizer nos assuntos. Por exemplo, aquela bagunça que você fez no armazém? Não é um problema mais, porque eu quis que não fosse. Todos, incluindo Chaisee e Tael, verão isso como o cara novo salvando heroicamente metade dos bens ao invés de destruí-los, porque eu vejo dessa maneira.

 

 Ele estava agindo como se quisesse que Kavik compartilhasse desse sentimento. Essa exuberância.

 

 — Depois que me aprofundei, não consegui entrar em contato com a família com segurança. Nem mesmo com um falcão mensageiro.

 

 — Oh, como você é atencioso! — gritou Kavik. — Você estava nos protegendo!

 

 — Eu ainda estou protegendo você, Kavik. Fiz você passar pela porta da associação porque, caso contrário, você teria caído direto nos braços de Chaisee. Só porque eu passei pela guarda dela não significa que você é capaz disso. Por que você arriscaria sua vida pelo Avatar, entre todas as pessoas? não tem nada a ganhar disso.

 

 — Você não sabe para quem estou trabalhando — disse Kavik, tentando forçar as palavras a saírem uniformemente. Sua tentativa de evasão foi lamentável. Era impossível se esconder de alguém que tinha a sua medida tão plenamente.

 

— Na verdade, eu sei sim. Dados os recursos necessários para me levar a Jonduri, não há como você ter chegado aqui recentemente sem abusar dos privilégios de viagem da Nômade do Ar. E o fato de você ter aparecido ao mesmo tempo que a Nômade do Ar mais famosa do mundo deixa bem claro que você está atrás de algo grande. Você vai me passar o diário de bordo, não vai?

 

 Kavik pegou o livro do chão e o jogou na cabeça de seu irmão. Kalyaan abaixou-se, pegou-a quando ela ricocheteou na parede e voltou a rir.

 

 — Eu suponho que você começou a trabalhar para ela pela mesma razão que eu me aliei a Henshe. Você achou que era o movimento certo para a família.

 

Kavik só queria desmaiar, deixar a bagunça das cidades shang para trás. Foi assim que isso começou.

 

Kalyaan abriu o diário de bordo sobre a mesa, inspecionando os danos registrados, o conteúdo detalhado. A caligrafia de Kavik em todas as páginas.

 

— Bom, agora eu também tenho que assumir que você memorizou isso. Amaldiçoe as mentes de armadilha de aço de nossa família. Eu vou matar Tael por não fazer esse trabalho ele mesmo.

 

 — Como você matou Qiu? Porque ele poderia ter reconhecido você se tivesse entrado muito na associação? Como você matou aquele ministro que trabalhava para o Avatar?

 

 Kalyaan não tirou os olhos do livro. Nem respondeu às perguntas.

 

 — Você me colocou em uma situação muito ruim — disse ele. — Se o Avatar ficar muito desesperado por respostas, muito assustado, ele pode destruir toda a rota comercial, independentemente das consequências.

 

 Ele virou uma página, e Kavik podia ver a mente rápida, furiosa e inquieta de seu irmão trabalhando em velocidades que ele nunca tinha sido capaz de compreender no passado e ainda não conseguia agora.

 

 — Eu preciso dar a ela uma vitória. Uma distração, enquanto eu tiro a Unanimidade das mãos de Chaisee e as coloco nas de Henshe. Assim que chegar a Bin-Er, tudo estará acabado.

 

 Caminhando pela nevasca, impermeável ao clima.

 

 — Você vai me dizer o que é Unanimidade?

 

 Kalyaan deu a ele o mesmo sorriso de quando eram mais jovens, quando ele voltou para o acampamento com peixes maiores do que qualquer outra pessoa.

 

 — Nada que seja mal. Apenas saiba que Henshe precisa disso para manter o equilíbrio em Bin-Er. Ele quer a mesma coisa que sua chefe, na verdade. Estabilidade. Paz.

 

 A Avatar que Kavik conhecia havia protestado contra a ideia de paz comprada com sofrimento. Bin-Er não estaria equilibrado se a cidade sangrasse famílias nas montanhas.

 

 — Você está com medo de me dizer — disse Kavik. — Você está prestes a dar a Henshe um ativo que o deixará fazer o que quiser, e você quer que eu feche meus olhos e finja que tudo ficará bem.

 

 — Porque vai. Nada de ruim vai acontecer se o Avatar não conseguir o que quer. O sol nascerá, os negócios continuarão como de costume. O mundo será amanhã assim como foi ontem. — Mais uma virada de página. — Ela só precisa receber a informação certa da fonte certa. E então tudo ficará bem.

 

 A implicação era clara.

 

 — Você quer que eu me volte contra ela — disse Kavik. — Você quer que eu traia o Avatar.

 

 Seu irmão pelo menos teve a decência de olhar para cima. Para evitar que seus ombros encolhessem.

 

 — Você faz soar como se estivesse mergulhando uma adaga no coração pulsante das Quatro Nações. Vou lhe dar uma boa inteligência para passar adiante, tesouro que ela adoraria ter em qualquer cenário. Porém, vai ficar um pouco desatualizado. — Kalyaan já estava falando sobre sua traição como uma inevitabilidade. Uma suposição onde estaria sua lealdade, mas poderosa.

 

 — Porque eu faria isso?

 

 — Porque você não deve nada a ela! — Kalyaan estalou. — Como isso é tão difícil de entender? — Ele deu um soco no livro. — Kavik, Henshe me tem em apuros. Eu tenho que passar por ele aqui e agora, ou então ele vai me revelar para Chaisee. Se ela descobrisse que eu era uma planta o tempo todo, eu não estaria morto; Eu gostaria de estar. Tornar-se comida para lulas-tubarão é melhor do que Chaisee faria comigo. — Ele continuou a pressionar as páginas até que seus dedos estalam. — Estamos em uma posição vulnerável. Você, eu, aqueles dois companheiros da Tribo da Água administrando a casa segura. Você é muito bom em escorregar rastros, Kavik, mas não tão bom quanto eu em mantê-los. — Kalyaan torceu os lábios. — Seus nomes são Akuudan e Tayagum, certo? Eles parecem estar cuidando bem de você. O que são eles? Substitutos dos nossos pais enquanto você está em Jonduri?

 

 — Talvez eles sejam seu substituto.

 

Seu irmão parecia genuinamente magoado.

 

 — Eu ia voltar — disse Kalyaan calmamente. — Assim que estivesse pronto e tivesse os meios, voltaria. Você tem que acreditar nisso.

 

 Kavik não respondeu. Kalyaan balançou a cabeça e sua careta desapareceu. Voltar a ser o responsável, aquele que sabia mais.

 

 — Estou pedindo para você me proteger, Kavik. Você esqueceu que eu sou sua família? Essas pessoas, Henshe, Chaisee, Yangchen; eles não importam no final. Deixe-os jogar seus jogos uns contra os outros. Eu posso admitir que nós dois estamos um pouco profundos demais neste momento. Mas apenas um de nós será morto se falhar. Se há uma pessoa neste mundo que você deve, sou eu, irmãozinho. Não o Avatar.

 

 Em algum lugar ao longo do caminho, a linguagem dos burgueses se infiltrou em seu relacionamento. Kalyaan havia salvado sua vida antes, e agora a dívida estava sendo paga. O que havia acontecido com eles? Como eles chegaram a isso? Não se tenta acertar as contas com sua própria carne e sangue. A ideia era uma loucura.

 

 — Sabe, se você jogar direito, você pode ter as duas coisas — disse Kalyaan. — Apenas faça o Avatar acreditar que ela precisa ir para Port Tuugaq. Os ativos foram testados lá. Ela encontrará muitas pistas. Você será o herói dela. — Ele sorriu para si mesmo, gostando desse plano quanto mais pensava nele. — Enquanto isso, ela vai se atrasar o suficiente para perder o carregamento real. Você teria negação plausível depois; dadas as evidências, o fracasso dela não pareceria culpa sua. Ela não vai suspeitar que você fez algo errado. Você pode até continuar sendo seu companheiro se você gosta tanto.

 

 A vantagem. A oportunidade. Kalyaan viu coisas que Kavik não podia mirar alvos no horizonte e os atingir como se estivessem a centímetros de distância.

 

— Você adoraria isso — disse Kavik. — Porque então você teria alguém dentro da comitiva do Avatar.

 

 — Bem, sim — disse Kalyaan. — Desde que sejamos honestos um com o outro.

 

Era isso. Kavik encontrou seu limite. Ele quebrou. O ato de quebrar doía, fisicamente. Um soluço profundo e trêmulo rasgou seu peito. Ele tentou rir, mas só conseguiu fazer um ruído seco e oco, como uma concha raspando nas laterais de um barril vazio. Era o som da capitulação. Fraqueza.

 

 — Apenas me diga que história dar a ela — disse Kavik.

 


 

Assim que Kavik voltou a entrar na pousada, ele sabia que o ardil de seu irmão iria funcionar.

 

Foi a forma como os olhos de Yangchen se iluminaram quando ela o viu. O Avatar estava simplesmente feliz por seu amigo estar de volta, são e salvo. Ela se recusou a interrogá-lo até que ele se acalmasse e ficasse confortável, pediu a Akuudan e Tayagum que lhe trouxessem algo para beber.

 

  — Estávamos errados sobre o armazém — disse Kavik, uma xícara fumegante de chá em suas mãos. Ele estava enrolado em um cobertor apesar do calor Jonduri.

 

 Yangchen notou que ele estava tremendo e colocou um sobre os ombros.

 

 — A unanimidade ainda não está lá.

 

Ele começou com a verdade. A batalha no armazém. Sua última posição foi com Jujinta, a quem ele fez um aparte para descrever. Os incêndios ateados pelos trabalhadores e como, na falta de outras opções no momento, ele abriu as caixas com força bruta.

 

Foi uma grande história porque era real. Na época, ele estava agindo totalmente no interesse do Avatar. Seu público entendeu muito bem o risco que ele assumiu em nome da missão.

 

— Pequeno idiota imprudente — Tayagum murmurou. Mas seu sorriso tinha uma pitada de respeito.

 

Não poderia haver melhor preparação para o que Kavik estava prestes a dizer a seguir.

 

— Eles me fizeram catalogar os danos. Assim, consegui uma visão perfeita de todas as mercadorias e do diário de bordo. Não há nada suspeito dentro do armazém agora. Mas há uma remessa programada para chegar em Jonduri de Port Tuugaq com três slots nas filas de armazenamento reservados para que possam ser transferidos rapidamente de Jonduri para Bin-Er.

 

 As informações foram absorvidas rapidamente. Yangchen estalou os dedos.

 

 — Chaisee não se importava com as mercadorias dentro do armazém. Ela só queria que o espaço fosse limpo.

 

Uma mentira que dependia de uma vítima inteligente que montava ela mesma a falsidade era a forma mais perfeita da arte. Cada palavra que saía da boca de Kavik inclinava a balança para a vitória de seu irmão.

 

— Não chegamos tarde demais em Jonduri — disse ele. — Chegamos muito cedo. A Unanimidade está vindo aqui de Port Tuugaq.

 

— Você sabe em que navio está? — perguntou Akuudan.

 

Kavik engoliu seu chá para lutar contra a náusea.

 

— O Sunbeam. Não sei se já partiu.

 

Ele parou ali. Ele tinha um pedaço de papel no bolso que apoiava sua história. A ideia era alegar que ele pegou uma folha em branco e a pressionou contra as marcas de carvão no diário de bordo, levando a “prova” diretamente da página.

 

— É engraçado; ir atrás dessa informação foi uma jogada inteligente da parte do Avatar — disse Kalyaan enquanto ensaiavam a história. — Você estava tão perto de acertar com o conteúdo do diário de bordo. Tão perto.

 

Kavik sabia com absoluta certeza que a camada extra para o ardil, a evidência concreta, não seria necessária.

 

— Eu tenho que chegar ao Porto Tuugaq — disse Yangchen, ainda mais rápido do que ele pensava que ela faria.

 

A confiança do Avatar empalou seu coração. Ela não podia mostrar a ele a misericórdia de adivinhar sua memória, fazendo-o repetir os eventos para maior clareza. Sua palavra era tudo o que ela precisava.

 

— Eu tenho que sair o mais rápido possível — disse ela. — Agora. Se o Sunbeam chegar em breve, posso interceptá-lo em mar aberto seguindo as rotas de navegação ao contrário. Se eu o pegar antes que ele saia do porto, melhor ainda.

 

— Pode ser um voo curto ou muito longo — disse Akuudan. —O que você vai fazer quando encontrar o Sunbeam ?

 

— Vou pensar em algo — disse Yangchen. — Intervenção espiritual. Verificação de pragas. A única coisa que importa é pará-lo.

 

A felicidade do Avatar doía de se olhar. Ela descobriu que estava em uma posição melhor do que pensava originalmente. Quem não gostaria de ter mais tempo?

 

Ela olhou para os outros.

 

— Vocês dois — ela disse para Akuudan e Tayagum. —Eu preciso que você fique atento aos trabalhadores do armazém caso Chaisee tente retaliar contra eles. Kavik, fique sob seu disfarce com a associação. Se o carregamento passar por mim, você é nossa última chance de mantê-lo fora das mãos dos zongdus.

 

— Você não pode ir a Port Tuugaq sozinha — disse Kavik. — Você não terá ninguém para te proteger.

 

As palavras saíram sem malícia. Ele simplesmente perdeu o objetivo para o qual estava trabalhando, ficou preso entre duas mentes.

— Vai ficar tudo bem — Yangchen o tranquilizou. — Nossos inimigos não têm escrúpulos, mas acho que eles ainda não irão conseguir matar o Avatar.

Ela saltou para Kavik e deu-lhe um abraço esmagador.

— Eu sabia que estava certa sobre você — ela sussurrou em seu ouvido, carinho irradiando de seu abraço.

Yangchen já estava vestindo roupas comuns toda vez que visitava a pousada após a primeira visita. Quando ela vestiu o chapéu de folha de palmeira, sua postura e andar se transformaram na forma mais comum de vida selvagem em Jonduri: o folião distraído da noite. Ela saiu pela porta e desapareceu na escuridão.

 


 

Por ordem de Kalyaan, Kavik passou os próximos dois dias na casa segura da associação em vez da pousada. Ele disse a Tayagum e Akuudan que dormir lá ajudaria a proteger seu disfarce.

Realmente, eles estavam sendo separados para que pudessem ser observados separadamente.

— A associação saberá se você avisou seus amigos — Kalyaan disse a ele. — Não diga nada a eles. Para sua própria segurança.

Kavik seguiu seu conselho e não disse nada aos homens que se arriscaram para protegê-lo e alimentá-lo. Não lhes disse nada sobre o perigo que corriam.

No salão da associação havia pouco trabalho a ser encontrado, então o lugar estava quase vazio. Ele não tinha mais ninguém para conversar além de Jujinta. Outra pessoa desalojada sem ter para onde ir na cidade. Depois de alguma conversa, Kavik chegou a uma nova compreensão das intensas preocupações espirituais de seu parceiro, mesmo que Jujinta se recusasse a explicar de onde ele veio, os termos exatos da morte de seu irmão ou como ele foi responsável.

— Existem crimes que não podem ser evitados — disse Jujinta sobre uma mesa, onde os dois empurraram as peças em padrões vencedores, incapazes de jogar de verdade sem mais membros de seu grupo. — Certos atos não podem ser perdoados.

— Nem mesmo pela pessoa certa?

Jujinta parecia determinado a permanecer indigno.

 

— A pessoa que poderia ter me perdoado se foi — disse ele. — Pergunto aos espíritos todos os dias e não recebo resposta. Eu não sei a quem mais eu poderia recorrer para obter orientação.

 

Não era Kavik, isso era certo. Ele tinha sua própria traição para terminar de realizar. No dia seguinte, por ordem de Kalyaan, ele deixou Jujinta para trás, deixou as duas casas seguras para trás e embarcou em um navio com destino a Bin-Er, ao lado das próprias caixas contendo Unanimidade.

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Capítulo 29