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A Aurora de Yangchen: A Invasão

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Fiel à sua palavra, Yangchen deixou Kavik voar em Nujian, mas só em linha reta, próximo às águas e por um curto período. Ele mal conseguiu segurar as rédeas antes que fosse levado de volta.

 

— Não podemos correr o risco de sair do curso. — Ela explicou. — Você terá mais chances no futuro.

 

Eles deslizaram ao longo das baixas ondas do mar Baizhi. O ar quente e úmido fez com que a pele de Kavik ficasse úmida. Ele estava usando seu kuspuk. Para o inverno gelado a roupa era uma relíquia do passado, porém desnecessária para onde eles estavam indo.

 

— Nós estávamos atravessando pelas águas do Jonduri. — Disse Yangchen, examinando o céu e o horizonte, lendo os ventos e as correntes das quais Kavik só podia tentar dizer a ela sobre a posição que eles estavam. Ele não era um tipo de pessoa desbravadora e experiente em oceano aberto. Os lêmures do Avatar estavam posicionados sobre o chifre da sela, e seus olhos polidos de pedra verde estavam fixos nele caso ele fizesse algum movimento repentino.

 

Ele podia admitir à luz dia que quando eles não estavam gritando e tentando roubar seus dentes, eles eram bem fofinhos. E Pik, aquele com a orelha rasgada, comeu algumas sementes de que caiam de sua mão e aceitou um pouco de carinho abaixo do seu queixo.

 

Não havia outros seres humanos presentes. Eles partiram para Nujian, e em um cortejo dos Nômades do Ar e bisões, e os moradores da cidade que ficava abaixo do templo vibraram quando eles sobrevoaram. No fim da viagem, Yangchen desviou em um caminho a parte. Os outros dominadores de ar fingiram como se eles não tivessem visto sua líder espiritual deixá-los sem dizer onde ela estava indo.

 

— As balsas sabem vir até o local específico que eu sempre informava de uma visita a Jonduri. — Yangchen explicou antecipadamente. — Levarei vocês até lá e em seguida voltarei para a caravana pois é parte meu disfarce oficial.

 

Ela não hesitou em se dirigir aos Nômades do Ar assim.

 

— Meu ministro partiu antes em um navio enquanto estávamos ainda no Templo do Ar, e realizou um acordo público por mim para pleitear meu caso. O Avatar ainda tem esperança com condições melhores nas cidades Shang e ela está querendo ir até cada um, por vez. Como se fosse um mendigo.

 

— Este ministro é o de Nanyan quem você está entregando?

 

— Sim. — Yangchen contraiu seus lábios. — Minhas ações são plausíveis considerando que me atrapalhei na minha primeira tentativa em Bin-Er. Tenho a certeza de que agora eles anunciaram para todos os shang que fui recusada.

 

— E quando eu vou chegar no local seguro?

 

— Você fica aqui até que eu retorne sorrateiramente da Zongdu Chaisee. Não vai demorar muito porque ela vai me negar também. Afinal, ela é a única que atualmente tem o controle da Unanimidade. Meus contatos tem experiência e conhecimento do local, então precisaremos consultá-los em um plano que possamos descobrir em que navio a remessa de bens está viajando.

 

— Se seus legalistas em Jonduri sabem o que estão fazendo, porque você não os faz se aproximar de Chaisee ao invés de mim?

 

— Eles são muito velhos. — Encurtou Yangchen.

 

Kavik inclinou sua cabeça para ela.

 

— O que quero dizer é… eles moram em Jonduri há algum tempo e as pessoas os conhecem. — Ela explicou. — Você, no entanto, será um rosto completamente novo quando estiver na ilha. Nós quase nem precisamos te disfarçar te cobrindo com alguma coisa. Você vem do Norte porque você recebeu uma promessa de trabalho. E você não tem família ou até amigos na cidade.

 

— A mesma história que eu usei para você.

 

Esta é a única vantagem que ele teve sobre ela, não importa o quanto tenha sido breve. Ela levou o lembrete numa boa:

 

— Se for pra ser, que seja.

 

Depois de alguns minutos, Nujian parou, pairando acima da água. Yangchen pulou sobre a sela e vasculhou seus suprimentos até que ela encontrasse uma grande bexiga vazia. Com o poder de dominação do ar, ela inflou a bexiga em uma só rajada de ar e amarrou o selo com toda força.

 

— O que é isso, algum tipo de sinal? — Disse Kavik. — E se estivermos em um local onde se fazem as entregas, onde está o barco?

 

Ela jogou a bexiga para o lado, onde balançou suavemente uma boia improvisada.

 

— O barco não estará aqui por mais uma hora. Nujian e eu não podemos ser vistos em nenhum lugar próximo dele. E a boia é para você segurar. Eu sei que disse que era uma transferência, mas na verdade é mais uma queda inoperante.

 

Yangchen fez um movimento de escavação com seus braços e Kavik foi corporalmente levado no ar, da mesma forma que ele foi pego quando eles se conheceram. Ele voou para trás acima da borda da sela e na água. Emitindo um som de estouro em sua cabeça acima da superfície da água, ele se agarrou na boia. Seus olhos ardiam com o sal e sua indignação.

 

— Este sempre foi o plano. — Disse Yangchen. — Considere isso como o troco na mesma moeda por você tentar matar meu lêmure.

 

O mar estava morno. Kavik era um dominador de água, um bom nadador e sem ter o perigo de se congelar ou se afogar. Mas isso não vinha ao caso.

 

— Pik me perdoou!

 

Yangchen o cutucou insensivelmente na testa com a ponta de seu objeto, mandando-o para longe.

 

— Mas Pak não.

 


 

Kavik montou sobre as ondulações serenas da água que se moviam para cima e para baixo, e praguejou contra o nome do Avatar com cada uma delas. Ela voou para longe sem olhar para trás.

 

Ele perdeu tempo pensando em pregar algum tipo de peça vingativa antes de lembrar que ele não tinha planos nem para permanecer na empresa de Yangchen mais do que o necessário. O objetivo era sair de Bin-Er, para não viver de acordo com as esperanças e sonhos dos seus pais e para a glória do companheirismo.

 

O barco chegou mais cedo do que ela havia prometido. A pequena embarcação de pesca se aproximou com as velas enroladas, empurrada por um homem que estava na popa. Seus movimentos de dominação de água eram diferentes da forma praticada por Kavik, propenso a movimentos súbitos e rápidos entre os ventos, suas mãos se enrolando como se estivesse enrolando fios de seda.

 

O barco parou ao lado de Kavik. O homem se abaixou e eles se agarraram abraçando-se pelo antebraço. A sensação de ser ajudado a sair da água por uma presença forte e confiável fez Kavik pensar por um momento que Kalyaan, com uma face diferente, veio buscá-lo.

 

A pessoa para seu resgate não se parecia em nada com seu irmão. O dobrador de água magro era duas vezes bem mais velho, na casa dos quarenta. Ele tinha um rosto mais comprido e um queixo como um pedestal de pedra. Depois de puxar Kavik a bordo, ele abriu um grande sorriso.

 

— Ei! — Ele disse. — Você é parecido com um parente!

 

Era ele. Kavik se secou com um movimento de dominação de água, deu um passo para trás e fez uma reverência.

 

— Kavik, de Long Stretch, em homenagem ao avô da minha mãe. Meus pais são Ujurak e Tapeesa.

 

— Tayagum, — o homem respondeu, — das Ilhas Orca, depois do meu primo. Meus pais são Angtan e Taganak. —  Ele jogou para Kavik uma pilha pesada de cordas de embarcação. — Eu preciso que você me ajude e a sair dessa estagnação, Kavik de Long Strech.

 

Juntos, eles viraram o barco em direção às ondas para sair do trecho de mar sem vento. Era um trabalho cansativo mover de uma vez uma embarcação com toda sua força, e Kavik ficou feliz quando a brisa surgiu. Assim que desfraldaram as velas, podiam respirar. — É bom conhecer outro dominador de água, — disse ele enquanto trabalhava no cordame (cordas de embarcação).

 

Tayagum demonstrou-se estar entretido com seu novo passageiro.

 

— Eles não têm desses em Bin-Er?

 

Kavink encolheu os ombros.

 

—  É muito bom estar fora de Bin-Er.

 

— Hmm. Passei um bom tempo lá, uma vez. Claro que foi antes do Platinum Affair. Você poderia pegar a vela, não poderia?

 

Kavik curvou-se sobre o grampo e encurtou as linhas.

 

— Pouco mais, — disse Tayagum. — Mãe Ayunerak ainda está fazendo seu lance no corredor central?

 

Kavik não ficou surpreso por conhecer Ayunerak. A mulher era um marco, desgastada pelas mudanças na cidade, mas ainda reconhecível pelos visitantes em toda parte.

 

— Agora é o distrito internacional, — disse ele. — O lugar dela ainda está de pé, no entanto. Isso é suficiente?

 

— Perfeito! E eles dizem que as crianças da cidade não podem navegar.

 

Kavik zombou assim que se levantou.

 

— Eu não sou uma criança da cidade. Nós nos mudamos para o continente onde eu era…

 

A corda se enroscou em seu pescoço. “Garrote,” sua mente gritou em pensamento. Kavik mal enfiou uma mão em uma folga da corda, antes que acertasse nele esmagando seu próprio antebraço na lateral de sua cabeça.

 

A retranca da vela mestra caiu. Kavik foi lançado no ar pela linha conectada, seus pés ficaram balançando e chutando. Com a mão livre, ele lançou um chicote de água em Tayagum, mas o homem desviou com um movimento de seu pulso através do som.

 

Tayagum olhou para sua presa, que estava lutando e se contorcendo ao vento.

 

— O que temos aqui; as barbatanas de La, — disse ele em um ritmo inabalável, sem nenhum indício de pergunta. — Que bom que te encontrei. O que aconteceu com seu barco?

 

Kavik agarrou a linha acima de sua cabeça e a puxou para aliviar a pressão.

 

— Uma onda traiçoeira me atirou ao mar, — disse ele tomando fôlego. — Eu nunca deveria ter navegado sozinho. Tenho sorte de você vir.

 

— Eu estava acompanhando uma escola de Silverskin. Acho que eu deveria trazer para casa uma carga diferente hoje.

 

Até aí foi onde as ideias chegaram em uma troca. Finalmente satisfeito, Tayagum pegou a parte inferior da corda que suspendia Kavik e fez um movimento ágil. A linha se desenrolou e Kavik caiu de quatro no convés.

 

— Ok, olhe — Tayagum disse. — Eu não sei que tipo de brincadeiras de crianças trelosas você fazia em Bin-Er, mas em Jonduri, é melhor manter a cabeça no lugar ou você a perderá. A situação poderia ter sido comprometida se você estivesse pronto para me sacanear e roubar o barco no instante em que colocou os olhos em mim.

 

Kavik queria repreendê-lo, mas ele estava certo. A vergonha doeu mais do que a queima da corda. Ele era Qiu para esse cara. Isso realmente doeu.

 

— Será que eu poderia…? — Ele perguntou, desviando a conversa longe de seu próprio descuido. — Derrotá-lo e roubar o barco?

 

Tayagum bufou.

 

— Não. Não esqueça do código da próxima vez.

 


 

Jonduri aparecia rapidamente no horizonte, uma onda rochosa ondulante entre as camadas de azul. Kavik tinha ouvido histórias de contatos com privilégios internacionais e sobre a ilha abafada. O lugar tinha uma reputação de paredes finas e postos de controle rígidos.

 

— A maior parte da ilha é cercada por penhascos e cardumes perigosos, — explicou Tayagum. — Então, não podemos fazer você chegar com o barco encalhado.

 

— De quão perigoso estamos falando?

 

— Quase toda parte costeira tem nomes como, Rugido do Tigredilo ou Dentes da Lapa. Nenhum de nós somos bons dominadores de água para sobreviver a uma tentativa de desembarcar. Só há apenas uma porta acessível em todo Jonduri.

 

— O que eu pressuponho está guardado até as guelras — disse Kavik.

 

— Você pressupõe corretamente. Este barco está autorizado a sair e entrar no porto com apenas duas pessoas, eu e meu assistente.

 

Tayagum jogou uma placa de cobre para Kavik. Estava esverdeada e corroída por causa da maresia.

 

— Aqui está o passe dele. Ele está se escondido por hoje e você logo estará tomando o rumo de volta para casa. Os agentes do porto conhecem nossos rostos. Mas um deles é novato e, até agora, não faz muito bem seu serviço. Se tudo correu perfeitamente na noite passada, ele deve estar de ressaca demais para notar a mudança. Você tem a mesma altura e corpo como um dos meus, então mantenha o sol nas costas e o inspetor nem vai te olhar nos olhos.

 

Kavik não podia acreditar no que estava ouvindo. Após o aviso de Tayagum para estar no dentro de todos seus jogos, ele esperava uma entrada secreta enterrada sob a água, ou um grande suborno para garantir sua entrada. Isso era entrar direto pela porta da frente e torcer para que ninguém notasse.

 

— Você está brincando comigo? — Já vi jogos de conchas jogados por crianças de doze anos menos frágeis do que esse plano!

 

— Este foi o plano para o qual tivemos tempo, portanto, é o plano. Simples, soa complexo, na maioria das vezes.

 

Isso claramente parecia uma daquelas outras vezes.

 

— Pelo menos me diga como alguém fala e age. Há algo perceptível sobre meu jeito de agir e andar?

 

— Asu! Eu não estou pedindo para você interpretar o Amor entre os Dragões. Apenas fique calado e faça o que o agente lhe disser.

 

Suor escorria na testa de Kavik enquanto eles se aproximavam, a umidade e o medo pareciam estarem trabalhando juntos contra eles. Ele, agora, conseguia ver a cidade de Jonduri, as imponentes construções de bambu incrustadas na encosta íngreme, o grupo verde dos penhascos cobertos de trepadeiras. Um declive mais suave foi pintado em listras – terraços de campos de chá.

 

Grandes juncos com velas de sarrafo dominavam a maior parte do porto, gigantes como um cocho, precisando ser alimentados. Suas linhas escarpadas mergulhavam para a frente e para trás bem acima da água, paredes de madeira tão grossas quanto as de castelos, como se quisessem deixar qualquer um andando em seu convés zombar dos moradores abaixo da superfície.

 

Docas menores recebiam barcos do tamanho dos de Tayagum. Distante, Kavik avistou um homem mancando ao longo do píer, presumivelmente para cumprimentá-los.

 

— Merda! — Tayagum murmurou. — Merda, merda, merda! Esse não é Ping esperando por nós. Esse é o chefe de Ping.

 

O barco balançou sob os pés de Kavik.

 

— O que isso significa para o plano?

 

— Ele já viu meu assistente antes. Não com tanta frequência quanto os agentes juniores, pelo menos uma vez ele definitivamente o conheceu.

 

Kavik entendeu que eles estavam subindo um riacho e perdendo o controle da pá.

 

— Você acha que ele vai se lembrar?

 

— Cale a boca e deixe-me pensar.

 

— Você não tem muito tempo para pensar!

 

Tayagum correu para a popa e empurrou com força com dominação d’água para reduzir a velocidade de sua aproximação. Kavik começou a ajudá-lo, mas foi dispensado.

 

— Não! Se pararmos antes demais, vão achar suspeito!

 

Chegar ao destino deles na velocidade correta soava como se essa prioridade fosse a errada. Kavik só conseguia ter uma ideia, e que era uma droga.

 

— Você disse que eu tinha a mesma altura e corpo de um assistente seu. Temos o mesmo tipo de cabelo?

 

O outro dominador de água estava muito ocupado com o barco para olhar para cima.

 

— O que?

 

— Nós temos o mesmo cabelo?

 

— Sim, pelo amor de Tui! Vocês dois são pirralhos esguios com caudas de lobo! Por que?

 

Kavik esperou que o barco desse uma balançada para o caso do homem no cais estiver já observando. Na próxima subida, ele enganchou a ponta do pé no calcanhar do outro, caiu de cara no parapeito e caiu de nariz com um estalo.

 


 

Ele viu estrelas de tanta dor naquela escuridão. Kavik terminou espalhando por todo rosto o sangue que escorria de seu nariz. O movimento causou sua cartilagem quebrada, e ele gritou com os dentes cerrados e pressionados.

 

Tayagum veio correndo.

 

— O que você—oh! Oh. Isso pode funcionar.

 

Era bom que fosse. Kavik manteve os olhos fechados enquanto o barco se aproximava e Tayagum os amarrava em uma estaca. Ele foi ajudado a subir nas tábuas do cais.

 

— Mestre do Porto Lee, — disse Tayagum. — Onde está, uh, onde está Ping?

 

— Ping foi demitido por incompetência — disse uma voz como tendões raspados. — O que aconteceu aqui?

 

— Bateu com o rosto após ter o pé preso em uma bobina, — disse Tayagum.

 

Kavik gemeu. Ele colocou as mãos sobre o rosto, gotas de sangue escorriam para baixo de seus cotovelos.

 

— Deixe-me ver o quão ruim está — disse Lee.

 

 

Kavik olhou entre os dedos espionando. A forma de um homem da Nação do Fogo estava  embaçada, e desgastada pelo tempo, veio eu sua visão. A carranca enrugada de Lee estava fria como pedra, mas Kavik sentiu uma singela preocupação de avô nos olhos dele, olhos dourados sombrios. De toda forma como penso que poderia ser pego em Jonduri, a gentileza de um agente de segurança não estava no topo da lista, isto é, do esperado.

 

Kavik de repente se dobrou e vomitou um tipo lodo rosado perto das botas espelhadas de Lee. Ele não estava completamente fingindo, pois gotejou muito sangue pela garganta.

 

Lee sibilou e pulou para trás, muito rápido para sua idade.

 

— Seu idiota, — o capitão do porto retrucou. — Você está neste trabalho há quanto tempo e ainda não tem pernas para o mar?

 

— Me perdoe, — disse Tayagum. — Eu vou dar um jeito nele. — Ele agarrou Kavik pela gola. — Você mantém sua cabeça para baixo e para a frente, você ouviu? — ele disse. — Senão você vai engasgar.”

 

— Guh-huh — Kavik gemeu. Tayagum o conduziu pelo píer, seu rosto foi baixado por educação. As pessoas saíram do seu caminho.

 

Ele estava dentro. E ele sangrou pelo Avatar. Seus pais ficariam tão orgulhosos.

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Capítulo 18