Suas mãos tremeram ao longo de toda a viagem de volta para o Templo do Ar do Norte. Ela torceu as rédeas de Nu Jiang para firmá-las, torcendo, dobrando, duplicando as linhas. Ele grunhiu em tom de reclamação quando ela usou muito da folga.
Ela esperava ter distraído o Rei da Terra utilizando a ambição dele para mantê-lo focado no prêmio errado. Ela só conseguiu isso em parte.
Agora Yangchen finalmente tinha um interesse em comum com os Shangs de Bin-Er. Eles teriam que conspirar para manter o ardil dos espíritos acontecendo em frente ao Rei da Terra. Os Shangs, se eles quisessem manter suas cabeças, e se Yangchen quisesse manter o segredo da Unanimidade em segredo. Se ela tivesse buscado influência sobre Teiin e Noehi e o resto, bem, agora ela tinha de sobra.
Três pessoas forçando uma cidade a se ajoelhar. Três pessoas contendo um exército. A dominação de elementos poderia ser levada ao extremo, ela sabia muito bem. Mas isso era um nível inédito. Nenhuma de suas memórias continha qualquer coisa que lembrasse o poder que ela viu em Bin-Er.
A noção de que essa técnica existia não poderia se espalhar. Não agora, enquanto as tensões pelas Quatro Nações ainda estavam cruas como as emoções de um rei insultado. Nem nunca, enquanto os humanos ainda eram humanos.
Kavik perguntou o que ela faria com seu irmão e Chaisee. Denunciá-los para um chefe de Estado causaria a vazão de Unanimidade — ela tinha dificuldade de deixar o nome de lado — para um mundo disposto a lutar por qualquer mísera vantagem. Ela não podia levar a tomada de ações drásticas para o pessoal também, não quando Chaisee poderia ter tido mais recursos do que apenas os três dominadores de elementos que ela sabia da existência. Como Yangchen aprendeu, uma cidade inteira pode ser feita de refém.
A resposta, se estivesse disposta a dá-la a Kavik, era nada. Em seu estado atual, ela não podia fazer nada a respeito de Chaisee e seu irmão. Por enquanto, eles estavam imunes. Ou pelo menos Chaisee estava. Por ora, ela podia sentar-se confortavelmente e receber a vantagem que Unanimidade ia prover originalmente, com nenhum dos obstáculos que Henshe teve de enfrentar.
A Zongdu de Jonduri entendeu que as mãos de Yangchen estavam atadas. Antes de sua jornada para ver o Rei da Terra, ela havia recebido uma mensagem via falcão. A única frase contida no pequeno pergaminho era um insulto, menor ainda que um koan.
Boa jogada. Yangchen não fez nenhuma jogada, não podia fazer nenhuma jogada e Chaisee sabia disso.
Ela havia sido forçada a se tornar o Avatar ideal de Mama. Aguardando calmamente, virtuosamente, enquanto seus oponentes sorriam para ela do outro lado do tabuleiro. Eles poderiam esculpir uma estátua dela naquele estado.
Ela diminuiu a altitude de Nujian quando avistou o pico singular do Templo do Norte. Pik e Pak a esperavam lá, novamente bravos com ela, mas ela tinha que resolver outras coisas primeiro. Ela voou por cima da cidade e seu hospital sem parar, e teceu seu caminho entre os vales, seguindo trilhas de cascalho entre encostas íngremes de gelo e pedra.
Uma fina linha de verde abriu-se à frente dela. Ao redor das montanhas havia algumas áreas planas de terra completamente isoladas que eram quase impossíveis de serem descobertas sem uma visão aérea. A maioria era ignorada, mas algumas tinham pequenos vilarejos que podiam ser sustentados se mantimentos cruciais chegassem regularmente.
Yangchen desceu ao nível do campo. Ele continha um jardim, três pequenas gaiolas de pedra, e uma fonte natural de água borbulhante. A vista por cima do terreno intransitável era linda, cortinas de nuvens afastaram-se para revelar um espetáculo que exigiu dos elementos incontáveis eras para se formar.
Ela pulou de Nujian. O Abade Sonam, líder do Templo do Norte, estava lá para recebê-la. Andaram lado a lado, mesmo não tendo muito espaço para caminhar. Ela sabia que era porque ele não suportaria olhá-la nos olhos.
A decepção e o ressentimento na voz de Sonam eram grossos o bastante para segurar o peso do céu.
— Você nos fez carcereiros — ele disse.
Do outro lado do pedaço de terra, abaixado, cavando no jardim, estava um dos dominadores de Chaisee. O de nome Thapa.
Seis dominadores do ar do Templo do Norte o cercavam com uma distância segura. Eles, e os monges que os substituíam em turnos, haviam sido escolhidos de uma comunidade de pacifistas por suas proezas marciais. Eles mantinham uma vigília sobre Thapa, como seus irmãos estavam fazendo para Yingsu e Xiaoyun ao longo das montanhas, em parcelas de terra separadas.
Alerta constante pelas horas do dia, assistir ao momento com foco completo, era algo natural para eles. A tarefa era semelhante aos rituais funerários nos quais os Nômades do Ar eram chamados para performar pelas Quatro Nações. Uma meditação útil, se ela realmente queria abranger a definição de “ensinamentos moldados”.
Os monges se separaram para liberar a passagem de Yangchen. Eles tinham ordens para subjugar suas cargas se ele fizesse qualquer movimentação agressiva, e isso incluía a preparação necessária para performar sua técnica especial. Kavik já observou Xiaoyun através de uma janela. Antes de qualquer explosão eles têm que tornar a respiração profunda e pesada.
Thapa olhou para cima para vê-la. Enxugou sua testa lisa e proeminente, e sorriu:
— Avatar.
Ela se manteve da forma mais impassível que conseguia.
— Você gosta de jardinagem?
— Sim. Seus irmãos me deram algumas sementes de flores da montanha que se dão bem no inverno. — O sorriso dele aumentou. — Mas se verei elas florescerem é outra questão. Por quanto tempo você planeja me deixar aqui?
— Isso depende se você responderá minhas perguntas.
Onde você aprendeu essa técnica? Quem te ensinou? Qual era o envolvimento com Zongdu Chaisee? Yangchen havia interrogado cada dominador de fogo separadamente.
E conseguido absolutamente nada até agora.
— Mmm, eu ainda não acho que estou pronto para compartilhar — disse Thapa. — Na verdade eu estou aproveitando minhas pequenas férias. Pessoas ricas pagam grandes quantias de dinheiro para ter esse tipo de vida, sabe? Ontem eu vi o pôr do sol mais lindo da minha vida. — Ele bateu levemente sua espátula cega numa rocha.
Apesar do bem-estar de Thapa com seus arredores, Yangchen sabia que ela não havia convertido ele à vida monástica. Ele estava protelando. Ele sabia exatamente como a situação dela era insustentável. Todos os três “convidados” sabiam.
De início, ela se perguntou se eles eram fanáticos por alguma causa de Chaisee, ou viajantes rebeldes como Jujinta, buscando algum propósito para acompanhar seu imenso poder. Mas depois de passar tempo com eles, ela veio a perceber que eles eram algo ainda mais perigoso.
Eles eram oportunistas. Oportunistas inteligentes.
Os dominadores de fogo compreendiam seu próprio valor, e que era melhor estar na custódia do Avatar em vez de na de uma autoridade sem princípios que os reduziria a pó para descobrir seus segredos. Então eles mantinham suas bocas fechadas. Chaisee? Eles não conheciam ninguém com esse nome. O máximo que eles admitiriam é que foram contratados pelo Zongdu Henshe para fazer exatamente o que foram mandados. Antes disso, eles poderiam muito bem nem terem existido.
Sabendo que Yangchen não possuía nenhum poder sobre eles, eles pareciam contentes em esperá-la até que a situação chegasse neles. A oportunidade de escapar surgiria. Ou alguém descobriria onde eles estavam e viria até eles. Ela não podia mantê-los como eremitas nas montanhas para sempre, e eles sabiam disso.
Henshe e Yangchen estavam duplamente errados por pensar neles como meras peças no tabuleiro. Eles eram jogadores por direito próprio, sedentos por melhorar suas posições. E eles jogaram terra na água ao ponto de ela não conseguir mais enxergar o que estava na frente do seu próprio rosto.
Quanto tempo até eu me render? Yangchen pensou. Quanto tempo até eu implorar para a Lótus Branco te levar?Um último recurso. Ela não queria que uma sociedade secreta tivesse poder mais do que estava satisfeita em deixar Chaisee mantê-lo.
Informação tendia a se espalhar. O Rei da Terra se aproximaria mais desses dominadores a cada dia. O mesmo com o Senhor do Fogo e o Alto Chefe da Água, investigando o incidente em Bin-Er através de informadores e rumores. Yangchen estava voando por um desfiladeiro escuro, perigoso, e o espaço para se mover estava diminuindo rapidamente ao redor de seus ombros.
— Deixe-me saber se você mudar de ideia — ela disse a Thapa. — Do contrário, talvez usaremos seus talentos para a cevada veranil. — Ela se virou e voltou para Nujian, com Sonam acompanhando-a na pequena viagem de volta.
— Você não pode mantê-los aqui por tanto tempo! — O abade sussurrou uma vez que estavam do outro lado de seu bisão. — O que você fez com seus irmãos é uma abominação!
— Me desculpe, mas não tive escolha. Pedirei perdão a cada um deles por forçá-los a uma tarefa tão abominável.
— Não, Avatar. — Sonam moveu a cabeça em negação, triste porque ela não entendeu o ponto. — O problema é que eles podem gostar demais do trabalho.
Ele observou os monges salvaguardando Thapa. Eram todos homens jovens e bons dominadores do ar.
— Dominância sobre outro ser humano é uma forte tentação — disse Sonam. — Se nós desenvolvêssemos gosto por tal poder, começássemos a desejá-lo…
— Aí não seríamos mais Nômades do Ar — Yangchen disse. Sonam deu a ela as rédeas de Nu Jiang.
— Apenas vá — disse ele. — Por favor.
Sua próxima parada não era tanto um problema. O Zongdu Henshe não estava nem próximo de ser difícil de proteger.
Inclusive, eles o deram um quarto que era parte do próprio Templo do Ar, uma das estruturas construídas na rocha mais abaixo na encosta, debaixo das falésias gentilmente suspensas. Suas acomodações eram tão boas quanto as de qualquer convidado honrado dos Nômades do Ar.
Ele ainda havia enfurecido durante o primeiro dia e noite, incapaz de absorver o fato de que sua alternativa era a hospitalidade do Rei da Terra. Rapidamente ficou claro que ele não era a verdadeira mente brilhante por trás do esquema. Chaisee com sucesso o manteve sem saber a maior parte dos detalhes da Unanimidade.
Ela ainda tinha que conferir como ele estava, no entanto. Yangchen bateu em sua porta e entrou. Henshe olhou de onde ele estava sentado na cama. Ele não havia tirado proveito de nenhum dos livros que deram a ele, a não ser para arremessá-los na parede. Eles estavam caídos, esparramados no canto, lombadas tortas, páginas rasgadas.
Ele parecia estar num estado mais calmo agora, talvez pela ajuda de um pequeno travesseiro que apertava várias vezes.
— Eu entendo minha situação difícil — ele disse a Yangchen como forma de cumprimento. — Mas eu entendo a sua também. Quanto tempo você realmente acha que tem até que a verdade escape das suas mãos e seja libertada pelo mundo?
— Tenho exatamente o mesmo tempo que você — ela disse.
Henshe foi pego de surpresa com a resposta ameaçadora, porém verdadeira. Ele balançou a cabeça e continuou:
— Eu tenho algo para trocar.
— O quê?
— Um nome. Uma pessoa. — Seus lábios estavam pressionados numa expressão de vaidade. — Eu tenho uma planta infiltrada na organização de Chaisee, numa posição bem alta, com muita confiança dela. Se você tivesse essa identidade, você poderia ameaçar expô-lo para Chaisee. Ele seria forçado a ficar do seu lado. Você poderia usá-lo para derrotá-la. Henshe levantou da cama. — Esse é o acordo, você me limpa de qualquer delito que eu tenha cometido, de maneira convincente, e me dá de volta o que eu perdi. Lhe darei o nome da pessoa, descrição, família. O que acha?
Ele estava tentando vender o irmão de Kavik. Kalyaan. Aquele sobre o qual Yangchen já sabia.
— Não quero — ela disse.
— O que? Mas eu posso…
— Eu disse que não quero sua informação. — Se Kavik tivesse dado a ela um presente, era a expressão no rosto de Henshe nesse momento. — Tchau, Zongdu. Até a próxima vez em que nos falarmos.
Ele teve pelo menos a cortesia de esperar a porta fechar antes de gritar e jogar o travesseiro.
As escadas da torre pareciam nunca ter fim. Elas circulavam para dentro e para frente, levando Yangchen a repetições após repetições. Se ela fosse uma cobraranha, ela teria engolido sua própria cauda ao menos uma dúzia de vezes. Ela caminhou com dificuldade, subindo um degrau por vez.
A alça do balde que carregava abocanhava as palmas de suas mãos, e o conteúdo respingava em seus pés. Ela precisava de água para beber e lavar. Ela saberia seu peso. O interior da torre era espetado por feixes de luz mornos que vinham das suas janelas. O pôr do sol. Ela ignorou.
Ela alcançou o aposento do Avatar no Templo do Norte. Ela o usava tão raramente quando visitava o local, preferindo ficar nos quartos de visita com suas irmãs, que ainda nem tinha exercido seu direito de decorá-lo. O interior permanecia no mesmo estado em que Avatar Szeto o deixou.
Ela empurrou a porta com os ombros e colocou o balde no chão. O quarto estava completamente vazio, exceto pela cama e pela mesa. As paredes estavam vazias. Para um observador externo, Szeto pareceria um homem que nitidamente não tinha nada a esconder.
Que vida bagunçada foi aquela. Acomodou-se na cadeira rígida de seu antecessor e apertou seu rosto com ambas as mãos. O borrão cinza. De volta com uma vingança.
Apenas um pensamento era forte o suficiente para ultrapassar a névoa, e ele se repetia de novo e de novo. Ele a chamava com tanta intensidade quanto os poços escuros de Ma’inka, aumentou em força até ficar mais forte que as ondas barulhentas de Jonduri.
Ela podia parar.
Depois que lidou com os dominadores de fogo, depois que lidou com o Rei da Terra e Bin-Er, depois que lidou com Henshe e Chaisee e Kavik e seu irmão — e por que não, Mama e a Lótus Branco também — ela podia parar de tentar restaurar o mundo. O que ela vinha fazendo, mergulhando de cabeça em qualquer lugar onde encontrasse sofrimento? Onde que ela não tinha multiplicado a miséria das pessoas no lugar?
Ela devia parar.
Ela ainda seria a Avatar. A figura de proa, o objeto de veneração ao qual você recorria em momentos de desespero havia envergado seus ganchos em sua carne. Como Lohi de Saowon havia provado, era isso que as pessoas pediam primeiro e valorizavam mais. O problema enfrentado, não prevenido. A pomada, não a cura.
Sua herança provia a desculpa perfeita para abster-se. Ela aceitaria o jing negativo e recuaria para longe, bem longe, tornando-se um pico de montanha que a humanidade podia ver, mas nunca alcançar. Seria melhor para eles. Ela não machucaria ninguém com seus erros.
Ela também não salvaria ninguém.
Yangchen estava surpresa com o quão pouco a perspectiva pesava nela. Ela não se sentia culpada por considerar o futuro vivido acima do futuro conquistado. Ela não sentia quase nada. Seu desfile por Bin-Er poderia muito bem ter acontecido em outra vida, do outro lado de um limite marcado por arrependimento.
O vazio que ela tinha que afastar toda manhã poderia ter permissão para residir permanentemente em seu corpo, seu coração e seu estômago. Ela poderia aceitá-lo por completo. Ela não devia nada a ninguém.
Eu teria tempo para achar Jetsun.
Ela ouviu um ruído e uma batida, e sua cabeça se ergueu. Outro ruído, outra batida, e o Abade Sonam estava em pé em frente à porta que ela esqueceu de fechar.
— Avatar — disse ele, ofegante. Sua cabeça estava coberta por suor
Teria ele pulado-rodopiado a subida na torre? Ele não agiria de forma apressada se não fosse importante. Ela levantou rapidamente em alerta.
— O que foi? Os dominadores de fogo? Henshe?
— Não. — O sorriso dele brilhava mais que o suor em sua pele. — Me desculpe por ter esquecido de te contar. Quer dizer, foi entendível dadas as circunstâncias, com tudo que está havendo e–
— Abade, por favor.
Sonam regulou a respiração.
— Se lembra daquela mulher no hospital? — Ele disse. — Aquela que você curou junto com um amigo dominador de água?
Yangchen precisava de um momento para relembrar. A paciente que ela teria perdido se não fosse pela ajuda de Kavik. Eles haviam feito aquilo juntos pelo menos. O par de mãos extra valeu a pena.
Mas a memória era agridoce. Havia uma razão pela qual ela não queria pensar muito nisso.
— O que tem ela?
— Achamos seu filho! Achamos seu filho desaparecido! O grupo de busca o achou bem na hora! Ele está vivo e bem!
Yangchen piscou devagar. Sua voz saiu chiada:
— Ah. Bom. Isso é bom.
— Sem você e seu companheiro, Kavik, não é? Sem vocês salvando a mãe dele, nunca teríamos resgatado o garoto. — Sonam brilhava mais do que o Sol sobre as montanhas. — Avatar, você nunca desistiu dela. Não se lembra?
Se ela se lembrava. Ela sempre se lembrava. Seu lábio tremeu e ela começou a chorar. O abade sorriu, pensando: a felicidade, pura e por si só, havia trazido lágrimas aos olhos dela. Ele não sabia que havia a puxado da beira de um penhasco em que estava presa. Sentenciando-a a mais uma rodada de acontecimentos.
Yangchen poderia fingir o quanto quisesse, mas não adiantaria. Ela permaneceria o instrumento de seu próprio sofrimento. Ela continuaria lutando, se esforçando, a mesma coisa que havia comandado a mulher inconsciente no hospital a fazer. Era seu destino fazer a mesma escolha de novo e de novo, como gerações de Avatares haviam feito antes dela. Saber o passado era saber o futuro.
— Eles ainda estão na cidade — disse o abade. — Posso levá-la até eles agora.
Ela viu suas idades invertidas; Sonam, a juventude emanando energia, ela, a corroída de fixação exausta.
— Amanhã. Teremos bastante tempo amanhã. Não precisa ter pressa.
O abade curvou-se e se retirou. Ela ficou imóvel onde estava, até o sol terminar de se pôr e apenas a escuridão preencher a janela. Ela decidiu encerrar as atividades mais cedo. Ainda tinha muito o que fazer, e precisaria de sua força.
No alto de sua torre, Yangchen deitou-se na cama. E, de uma vez, caiu num sono profundo, sem sonhos e reparador.
Comment